quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lixo eleitoral ocupa ruas de Belém após votações

Foto: Tarcio Ribeiro - Outubro/2012

Por Tarcio Ribeiro
Da editoria Ambiente em Foco

Um resultado negativo das eleições é o exemplo da falta de educação e de cidadania de muitos candidatos e eleitores. Santinhos, cartazes, bandeiras e todo tipo de propaganda eleitoral deixaram imundas as ruas de Belém.

A cidade amanheceu com panfletos espalhados pelo chão, principalmente perto dos colégios eleitorais. Mesmo com a proibição da boca de urna, foi frequente a panfletagem aos arredores das zonas eleitorais. Resultado: as ruas ficaram cobertas por folhetos de material de campanha política.

Para o eleitor José Maia, do bairro do Jurunas, os partidos políticos deveriam começar a estabelecer um compromisso com o meio ambiente e pensar na quantidade certa de material a ser produzida. Seria um bom começo para evitar o desperdício.

Se, durante o período de campanha, a produção de materiais de divulgação é constante, o desafio é evitar que, pelo menos, nem todo o material vá direto para o lixo, prejudicando o ambiente. Para isso, projetos de reciclagem de conteúdos eleitorais começaram a ser colocados em prática em algumas prefeituras do Brasil, como é o exemplo da cidade de Barueri (SP), onde os papéis utilizados na confecção dos santinhos políticos, e a madeira das bandeiras, dos cavaletes e das placas são levados até a Cooperyara, cooperativa de ex-catadores de lixo de Barueri, que separam e dão o destino correto para o início da reciclagem. Já o material que não pode ser reciclado é doado para ONGs que fazem o reaproveitamento.

Foto: Tarcio Ribeiro - Outubro/2012
Em Belém, essa ideia ainda está muito longe de acontecer. “Não esperava que a cidade ficasse tão suja. A gente percebe um gasto muito grande de papel, com muitos santinhos, cartazes, essas coisas. Essa perda de dinheiro poderia ser aproveitada para outras finalidades”, afirma a dona de casa Doraci Silva.

O auxiliar administrativo, Gerson Fernando, diz que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deveria exigir dos partidos uma conscientização. “Isso deveria ser uma lei. Os políticos falam tanto da questão ambiental, mas acabam que não contribuem para ela. Deveria ter uma coleta seletiva nas zonas eleitorais”.




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