quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lixo eleitoral ocupa ruas de Belém após votações

Foto: Tarcio Ribeiro - Outubro/2012

Por Tarcio Ribeiro
Da editoria Ambiente em Foco

Um resultado negativo das eleições é o exemplo da falta de educação e de cidadania de muitos candidatos e eleitores. Santinhos, cartazes, bandeiras e todo tipo de propaganda eleitoral deixaram imundas as ruas de Belém.

A cidade amanheceu com panfletos espalhados pelo chão, principalmente perto dos colégios eleitorais. Mesmo com a proibição da boca de urna, foi frequente a panfletagem aos arredores das zonas eleitorais. Resultado: as ruas ficaram cobertas por folhetos de material de campanha política.

Para o eleitor José Maia, do bairro do Jurunas, os partidos políticos deveriam começar a estabelecer um compromisso com o meio ambiente e pensar na quantidade certa de material a ser produzida. Seria um bom começo para evitar o desperdício.

Se, durante o período de campanha, a produção de materiais de divulgação é constante, o desafio é evitar que, pelo menos, nem todo o material vá direto para o lixo, prejudicando o ambiente. Para isso, projetos de reciclagem de conteúdos eleitorais começaram a ser colocados em prática em algumas prefeituras do Brasil, como é o exemplo da cidade de Barueri (SP), onde os papéis utilizados na confecção dos santinhos políticos, e a madeira das bandeiras, dos cavaletes e das placas são levados até a Cooperyara, cooperativa de ex-catadores de lixo de Barueri, que separam e dão o destino correto para o início da reciclagem. Já o material que não pode ser reciclado é doado para ONGs que fazem o reaproveitamento.

Foto: Tarcio Ribeiro - Outubro/2012
Em Belém, essa ideia ainda está muito longe de acontecer. “Não esperava que a cidade ficasse tão suja. A gente percebe um gasto muito grande de papel, com muitos santinhos, cartazes, essas coisas. Essa perda de dinheiro poderia ser aproveitada para outras finalidades”, afirma a dona de casa Doraci Silva.

O auxiliar administrativo, Gerson Fernando, diz que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deveria exigir dos partidos uma conscientização. “Isso deveria ser uma lei. Os políticos falam tanto da questão ambiental, mas acabam que não contribuem para ela. Deveria ter uma coleta seletiva nas zonas eleitorais”.




A prática de esportes por pessoas com deficiência: benefícios à saúde e à autoestima




Por Mariely Lima
Da editoria Esporte e Saúde

A prática regular de esportes contribui para manter o corpo e a mente saudáveis, e melhorar a qualidade de vida. Para as pessoas com deficiência, há outros benefícios, como a inclusão social e a elevação da autoestima.


São vários os esportes praticados por este público em todo o mundo e novidades sempre surgem nesta área. No Brasil, as modalidades mais comuns são natação, atletismo, basquete em cadeiras de roda, voleibol sentados, futebol de cinco, tênis, tênis de mesa e bocha. Todos os esportes têm uma série de adaptações e regras específicas. Além disso, existem, dentro das mesmas modalidades, classificações funcionais, para dar condição de igualdade e competitividade.


Para pessoas com deficiência física, praticar esportes pode representar muito mais que saúde. Como no caso do atleta paraense Alan Fonteles, vencedor de várias competições. Apesar de ter as duas pernas amputadas – o que ocorreu após uma infecção –, ele não desistiu de realizar seu maior sonho. Alan se apaixonou pelo atletismo aos 8 anos e, nas Paralimpíadas de Londres (2012), venceu o lendário Oscar Pistorius, o único atleta biamputado a disputar as Olimpíadas em 2012. Fonteles ganhou a medalha de ouro nos 200 metros T44 e surpreendeu o mundo.

Educação religiosa nas escolas é alicerce para a vida


Por Maisa Melo
Da editoria Educação e Cultura

“Aprender religião, na escola, desde a infância, é fundamental, pois é o nosso segundo lar. Esse ensino é o alicerce para o início de uma vida cristã”, garante a professora Marina Almeida Souza, formada em Ciências da Religião há mais de 20 anos e funcionária da rede pública de ensino.

Para o padre José Ribeiro, da Paróquia de Santa Rita de Cássia, na Cidade Nova, o contato com a religião não deve se restringir à escola. Ele afirma que toda a família deveria estudar a bíblia, já que trata da palavra de Deus e que o conhecimento contribui para a salvação. Quando questionado sobre assuntos polêmicos, como sexualidade, aborto e adultério, Ribeiro enfatiza que “o ser humano é passível a erros e que Deus perdoa os filhos, dando sempre uma segunda chance”.

Já o secretário de Educação do Pará, Cláudio Ribeiro, ressalta que “a educação religiosa é fundamental para o crescimento humano, para um aprendizado saudável, em que se aprende a respeitar o próximo como a si mesmo, a praticar caridade e a fortalecer a fé”.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Benefícios, cuidados e superação da corrida de rua

 Por Tarcísio Monteiro
Da editoria Esporte e Saúde

Praticar exercícios físicos traz inúmeros benefícios à saúde e gera bem-estar para quem deseja entrar em forma, em especial a prática regular da corrida. A propósito, dizem que os corredores são seres mais saudáveis, comprometidos e disciplinados de maneira geral. E, no município de Ananindeua, no Pará, ideias como essas fazem o esporte ganhar cada vez mais adeptos.

Algumas academias oferecem aos alunos programas de condicionamento através da corrida. Além de o aluno treinar na própria academia, há também a prática da corrida em alguns lugares da cidade, onde o praticante recebe as condições para o treino, orientação e acompanhamento de um profissional responsável. Os programas são personalizados, considerando a condição do aluno, para permitir que ele alcance mais facilmente seus objetivos, seja saúde, estética, performance ou simplesmente lazer.


Mas para iniciar o treinamento da corrida de rua é preciso ter o cuidado de passar por avaliações para que ocorra um treinamento seguro e eficaz, como explica Daniel Monteiro, professor de Educação Física. “Apesar da praticidade da corrida de rua e de sua grande difusão, este tipo de esporte pode se tornar altamente lesivo, devido à irregularidade dos percursos e sobrecargas nas articulações de movimentos repetitivos. Por isso, é importante a prática acompanhada de um profissional. Este saberá avaliar e aplicar a quantidade de exercícios físicos recomendados”.


E, além dos benefícios físicos, a corrida pode proporcionar inúmeros benefícios mentais pela possibilidade do praticante conhecer novas pessoas, alcançar objetivos em cada treinamento ou de gerar orgulho. Daniel, que está à frente de um grupo de corrida de rua, diz que se sente feliz e orgulhoso por seus alunos praticarem esporte, por ver pessoas cada vez mais saudáveis e que se superam a cada treino. E o professor de Educação Física deixa um recado para quem está planejando fazer a corrida de rua: “para quem ainda não pratica, superar os seus limites é o que falta”.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Antes da grande festa


Por Wanúbya Melo
Da editoria Turismo


O Círio de Nazaré, em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, reúne cerca de duas milhões de pessoas, em Belém, no segundo domingo de outubro, desde 1793. O fluxo de pessoas na cidade aumenta bastante nesse período.

 Nesse período, os hotéis da cidade ficam lotados e várias casas recebem seus familiares e amigos para comemorar e almoçar juntos como um ato de comunhão. Os pratos típicos, como o pato no tucupi e a maniçoba não podem faltar na mesa.


Para recepcionar os turistas, o Aeroporto Internacional de Belém e o Terminal Rodoviário dão boas vindas com apresentações de carimbó e distribuição de fitas de Nossa Senhora de Nazaré, cheiros do Pará e materiais com informações turísticas. A capital paraense recebeu cerca de 76 mil turistas, vindo principalmente de São Paulo, Maranhão, França e Estados Unidos.


A praça Waldemar Henrique também foi palco da Feira do Círio e do Miriti, promovida pelo Sebrae, que se encerrou no último domingo (14). O evento reuniu 60 estandes com cerca de 44 mil peças feitas de miriti, cerâmica, arte em madeira, biojoias, entre outros. As peças em miriti são tradicionais nesta época e são produzidas por artesãos de Abaetetuba, Mojú e Belém.


Romeiros e suas promessas sob um calor de 33ºC no Círio de Nazaré




Por Thiago Brasil
Da editoria Ambiente em Foco

Belém, capital paraense, tem um clima equatorial, com temperatura média de 33ºC. No segundo domingo de outubro, todos os anos, ocorre o Círio de Nazaré, reunindo cerca de dois milhões de fiéis nas ruas de Belém. Este número cresce ao longo dos anos e, consequentemente, a temperatura também para quem acompanha a procissão, podendo atingir, em média, 40ºC.


Ana Maria Dias, que acompanha o círio desde os anos 70, relata como o calor aumentou. “Lembro como era tranquilo acompanhar as procissões do começo ao fim. Hoje em dia, tem muita gente e o número de prédios, que só aumenta, contribui para ficar muito quente. Temos que cuidar bem da alimentação para não passar mal e, assim, aproveitar nossa festa linda”, enfatizou. 

A alimentação e a hidratação são companheiros dos romeiros durante as procissões. De acordo com a nutricionista Márcia Gonzaga, “para acompanhar o Círio, sem ter nenhum problema, é necessário estar bem alimentado com coisas leves, ricas em fibras, como pães integrais; ingerir bastante líquido, principalmente no dia anterior, para hidratar bem o organismo; e, no dia, dar preferência a frutas, como abacaxi e melancia”, ressaltou.

Redes sociais aproximam quem está distante e afastam quem está próximo


Por Daiana Quézia
Da editoria Avanços Tecnológicos


Antigamente, quando batia a saudade de parentes e amigos distantes, as pessoas recorriam às cartas. Hoje, essa distancia é reduzida com a internet, que possibilita a criação de redes sociais como o Facebook - uma das mais acessadas no Brasil. Segundo o Inside Facebook Gold (IFG), que monitora o uso da rede social, o número de pessoas atinge a casa dos 19 milhões de usuários, o que significa 10% da população brasileira.

Uma dessas usuárias é a jornalista Djanara Introvini, 25 anos, que utiliza o Facebook para conversar com amigos, acompanhar comentários sobre os acontecimentos, ver fotos. Está cadastrada no site desde 2010 e entrou porque uma amiga da universidade mudou-se para a Europa e postou fotos na rede social. Como não era cadastrada, a amiga criou um perfil para Djanara, para que ela pudesse ver as postagens. A jornalista viu as imagens, mas, só depois de um tempo, é que de fato migrou para o site, e deixou de lado o Orkut – rede social que foi sucesso no Brasil antes do Facebook. Ela admite usar com frequência: “não é vício, mas, sim, uma mania”, pondera.

Já o professor de Informática, Caio Araújo, de 19 anos, diz que, além de usar a ferramenta para interação social, lazer e comunicação, utiliza principalmente para divulgação de serviços, já que trabalha com estamparia, com a marca CamiZetas Jhones. No Facebook desde 2009, Caio critica quem se expõe em excesso. “As pessoas acabam passando algo na rede social para chamar atenção dos amigos”, afirma Araújo.

Redes sociais – São ferramentas de comunicação que aproximam as pessoas e reduzem as distâncias. Entretanto, também proporcionam o aumento do número de relacionamentos virtuais e superficiais. Na rede, usuários utilizam a facilidade da internet para expor suas vidas.


Após seis anos, Belém volta a receber torneio internacional de tênis

 
Foto Mariely Lima
Por Mariely Lima
Da editoria Esporte e Saúde

Atletas de diferentes nações estiveram reunidos no final de setembro e no início de outubro no Grêmio Literário e Recreativo Português, em Belém, para disputar o Campeonato Internacional de Tênis do Pará. Após seis anos fora do calendário da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) Challenger Tour, a capital paraense retornou ao itinerário do campeonato, que teve início no dia 29 de setembro. A competição reuniu diversos destaques do circuito nacional e internacional, que lutaram para alcançar a melhor pontuação no ranking da ATP. Os tenistas disputaram partidas entre simples e duplas. Doze países integraram a lista do campeonato e o Brasil foi representado por dez atletas.


Dentre os brasileiros, somente o paulista Ricardo Hocevar conseguiu chegar à final, que ocorreu no dia 6 de outubro. Hocevar venceu o holandês Thiemo de Bakker por 2 a 0, com parciais 7/6 e 7/6, e conquistou, aos 27 anos, seu primeiro título em um torneio Challenger.


Com a vitória, Ricardo Hocevar ganhou US$5 mil e 80 pontos no ranking da ATP Challenger. De Bakker ganhou US$ 3mil e 48 pontos.


Já nas duplas, que ocorreram no mesmo dia, os australianos John Peers e John Patrick-Smith não tiveram dificuldades para bater o americano Nicholas Monroe e o alemão Simon Stadler por 2 a 0, com parciais de 6/3 e 6/2. Foi o quarto título da dupla australiana na temporada. A dupla campeã levou US$ 2,2 mil e 80 pontos no ranking, enquanto que os vices levaram US$ 1,250 mil e 48 pontos.

Mão de obra em ciência e tecnologia é escassa

Andréia Mouzinho
Da editoria Avanços Tecnológicos

O mercado de trabalho tem como característica ser exigente e competitivo. Entretanto, quando se trata de profissionais com conhecimento na área de ciência e tecnologia, há escassez de mão de obra qualificada.

“Muitas pessoas acabam procurando por outros cursos, principalmente de nível superior, para garantir um diploma universitário, ou por não se identificarem com a área tecnológica. O que muita gente não sabe é que cursos de nível técnico, cujo foco é na parte prática, garantem um bom retorno financeiro”, garante Regina Noronha, gerente de relações do mercado do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), acrescentando que a entidade oferece cursos gratuitos e cursos pagos pelo poder público.

São muitas vagas disponíveis no mercado, segundo relato do coordenador da faculdade de tecnologia da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista, Leandro Rubim, ao Jornal do Globo. “Existem pesquisas que mostram um déficit de 700 mil vagas, em aberto, até 2020 no setor tecnológico; hoje está em 200 mil vagas em aberto porque falta profissional qualificado”.

Com tantas vagas disponíveis, devido à falta de profissionais capacitados, os brasileiros e as empresas saem perdendo, visto que estas precisam importar profissionais qualificados para ocupar a vaga de um brasileiro, que, por não se qualificar, se torna mais um na lista dos desempregados.

Dia das crianças: caprichos versus economia

Andrelly Richelly
Da editoria Du’Forno

O dia das crianças, comemorado no dia 12 de outubro, movimenta empresas fabricantes de brinquedos em todo país. E, neste dia, os pais se esforçam para agradar os filhos, mas nem sempre o presente ideal é aquele que o dinheiro dá para comprar.

É o caso da professora Lídia Moreira. “Meu filho pediu um jogo de dança daqueles que a pessoa pisa de acordo com o que passa na tela da tevê. Saí para comprar, procurei muito e achei somente em uma loja, mas estava muito caro. Este ano, ele vai ter que se contentar com outro presente”.

Outros pais dizem que as crianças de hoje tem um gosto diferente para brinquedos. “Minhas filhas têm 5 e 8 anos e já não querem ganhar bonecas. A mais nova quer um lap-top e a mais mocinha já quer ganhar um kit de maquiagem. Quando eu tinha a idade delas, não pensava em outra coisa a não ser em bonecas, barbies, bebês... Acho que isso acontece de tanto elas me verem acessando a internet no notebook e indo trabalhar bem maquiada”, especula Carolina dos Santos, atendente de farmácia, que já comprou o presente das meninas, mas os esconde a sete chaves para que elas não os encontrarem.

Já os meninos gostam mesmo é de futebol e brinquedos relacionados a temas de desenhos. Com Bruninho Ribeiro não foi diferente. Ele disse logo ao pai: “quero ganhar uma bola bem grande e um macacão do homem aranha”.

Os pequeninos estão cada vez mais exigentes e brinquedos só não bastam. Para alguns, ainda tem de incluir passeios, roupas e calçados. Assim, se o dia das crianças não for bem programado, pode pesar no bolso de qualquer brasileiro.

Glauber Rocha no cine Líbero Luxardo

Por Carol Cardias
Da editoria Cine

Neste mês de outubro, o cine Líbero Luxardo exibe uma mostra de filmes do diretor baiano Glauber Rocha, conhecido por ser sempre polêmico e controverso. Começou a projetar seus filmes em 1950 e, por conta de suas críticas severas, foi perseguido pela ditadura militar, partiu para um exílio e faleceu em 1981, no Rio de Janeiro.
Para homenagear o diretor, a Programadora Brasil e a Cinemateca Brasileira exibem, dentro do projeto Plano Sequência, longas de Glauber Rocha e uma série de curtas sobre ele, nos dias 18, 19 e 20 de outubro, sempre às 19h, na Fonoteca Satyro de Mello, no 4° andar do Centur, com entrada gratuita.

Dia 18/10 (quinta-feira)
A degola fatal - Clovis Molinari Junior e Ricardo Favilla
O dragão da maldade contra o santo guerreiro - Glauber Rocha

Dia 19/10 (sexta-feira)
Memória de deus e do diabo em monte santo e cocorobó - Agnaldo siri Azevedo
Deus e o diabo na terra do sol - Glauber Rocha

Dia 20/10 (sábado)
A Voz do Morto - Sérgio Zeigler e Vitor Angelo
Terra em Transe – Glauber Rocha

Serviço - Projeto Plano Sequência apresenta “Mostra Glauber Rocha”, com sessões de 18 a 20 de outubro, na Fonoteca Satyro de Mello, às 19h, com entrada franca. Os ingressos deverão ser retirados uma hora antes da sessão na bilheteria do Cine Líbero Luxardo, que fica na Fundação Cultural do Pará (Centur) – avenida Gentil Bittencourt, 650. Informações: (91) 3202 4321 / cinelibero@gmail.com.

Setembro é o mês da luta pelos direitos das pessoas com deficiência


Por Eliana Ferreira
Da editoria Du’Forno

No dia 21 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência – data em que é necessário refletir o que tem sido feito em favor da inclusão delas na sociedade, que lutam constantemente por trabalho, moradia, educação, saúde, cidadania e, acima de tudo, contra a discriminação.

É o caso da estudante Aline Garcia, do curso de Pedagogia do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), que é cadeirante. Para ela, “a inclusão está longe de ser inclusiva teoricamente, porque a maioria dos espaços de Belém não são adaptados para pessoas com deficiência, o que torna muito difícil o deslocamento no dia-a-dia”, enfatizou.

De acordo com os dados do Censo 2010, existe, atualmente, cerca de 1,5 milhão de paraenses com algum tipo de deficiência, o que representa 24% da população do estado.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Trajeto de Belém a Barcarena sobre as águas

Foto Vinicius Vieira

Por Vinícius Vieira
Da editoria de Turismo

Todos os dias, turistas e estudantes de vários municípios fazem o trajeto do porto de Barcarena ao porto de Belém e vice-versa. Os barcos levam, aproximadamente, 1.200 pessoas ao dia. Para os acadêmicos barcarenenses, o poder público libera passes para que os estudantes possam se deslocar até a capital paraense.
Foto Nilton Gonçalves
Os turistas também fazem esse percurso para ir de uma cidade a outra. É o caso do aposentado Paulo Antônio, do município de Tomé Açu. “O transporte fluvial é um meio rápido, fácil e muito prazeroso de viajar, pois o contato com a natureza é gratificante”, relevou.
Foto Vinicius Vieira
Mas o barco não é o único meio de transporte disponível. Para os turistas, a balsa pode ser uma opção vantajosa, já que é possível viajar com a família de carro.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Agora vamos falar de rock!



Por David Pimenta
Da editoria Du’ Forno


Se você acreditava que o bom e velho rock n’ roll estava morto e enterrado, a sete palmos nos palcos deste Brasilzão, e que não existe mais esperança para o rock nacional, calma! Apresento a vocês o mais novo trabalho da banda de stoner rock, Black Drawing Chalks: No Dust Stuck On You, lançado no dia 1º de outubro.

Capa do álbum
Gravado em Goiânia, no estúdio Rocklab, o terceiro álbum de inéditas da banda mostra todo seu amadurecimento, explorando desde riffs de guitarra pesados até baladas dançantes e sensuais. O quarteto, que, em 2006, começou a compor e criar músicas por pura diversão, hoje é uma das bandas destaque do rock nacional – tocam em grandes eventos dentro e fora do país, como SWU, Lollapalooza, Canadian Music Week, entre outros.

Atualmente, a banda é composta por Victor Rocha (guitarra e vocal), Edimar Filho (guitarra), Denis de Castro (baixo), Douglas de Castro (bateria).


Veja o vídeo clip da música “Cut myself in 2”.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Belém ganha mais um Cine Clube



Por Humberto Gonçalves
   Da editoria Cine

Servidores e estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA), usuários do hospital Bettina Ferro de Sousa, da UFPA, e seus acompanhantes agora podem se distrair com a sétima arte no próprio ambiente do hospital. É que, até dezembro deste ano, obras cinematográficas serão exibidas gratuitamente no Cine Bettina – um cine clube que tem como temática a saúde, com foco na humanização.

As sessões ocorrem em todas as últimas quintas-feiras de cada mês, às 10h e às 14h, no auditório do Bettina, com espaço para 30 pessoas, com direito à pipoca, refrigerante e troca de ideias ao final de cada exibição.

Segundo a coordenadora do Grupo de Humanização do Bettina Ferro, a psicóloga Tereza Nassar, o Cine Bettina faz parte das linhas de ações da humanização. “Trabalhamos no sentido de incentivar a relação entre os servidores, os discentes e os usuários do HUBFS, proporcionando melhor ambiente de trabalho e atendimento do sistema público de saúde. Todos os profissionais da área da saúde, por lidarem com vidas, muitas vezes, acham que estão acima destas e esquecem de sua verdadeira obrigação: cuidar de pessoas que lhes pedem ajuda”, afirma Tereza.

Para o diretor geral do Bettina, o médico e sociólogo Paulo Amorim, o hospital é um espaço que cuida das pessoas, principalmente, as carentes. Por essa razão, Amorim considera imprescindível que o papel da humanização se concentre nos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “A humanização tem que se concentrar nos pacientes e em seus acompanhantes. Isso ajuda para que tenhamos um ambiente saudável para trabalhar. Acreditamos que, com as novas ações da humanização, vamos aos poucos, unir mais as pessoas e despertar o sentimento de humanização com os nossos pacientes”, disse o diretor.


Próximas sessões - Haverá exibições nos dias:
25 de outubro, filme "A morte do Sr. Lazarescu"; 
29 de novembro, filme "Lixo Extraordinário"; 
27 de dezembro, filme "Bagdad Café".








Fonte: www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=6459


Feira do livro atrai jovens e adultos para a consciência ambiental

Foto Gabriel Jenks


Por Deuziane Dantas
Da editoria Ambiente em Foco


A Feira do Livro em Belém, que ocorreu de 21 a 30 de setembro, atraiu jovens, adultos e crianças, oferecendo aos leitores, além de uma viagem ao mundo dos livros, diversas atividades, como seminários, palestras, mesas-redondas, oficinas, workshops, bate-papos, apresentações teatrais e shows culturais. Os estudantes também puderam ter acesso às leituras obrigatórias para o vestibular.


O tema do evento, sediado no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, foi sustentabilidade. Nesse contexto, a Vale apresentou para os visitantes, em parceria com a ONG Noolhar, um estande interativo com as atividades de ciência, tecnologia e inovação desenvolvidas pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV), por meio da exposição "Circuito Sustentabilidade e Mineração". O espaço ofereceu ao público informações sobre os investimentos e o trabalho de preservação ambiental realizado pela empresa em suas operações no estado.

Segundo Renato Oliveira, pesquizador-assistente do ITV, o objetivo é desenvolver pesquisas e novas tecnologias para que seja possível a sustentabilidade das atividades Vale e que essas tecnologias possam ser replicadas para outras empresas. “Queremos, por meio da Vale e da ONG, atrair cada vez mais as pessoas para a consciência ambiental”, afirmou.

Educação pública está longe da meta


Por Gideão de Almeida 
Da editoria Educação e Cultura

O ensino básico do Brasil vem sendo bastante questionado quanto à qualidade e eficiência. Avaliações realizadas em 2011, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (Inep), mostram que cerca de 5% dos alunos apresentam desempenho classificado em "adequado". Ainda ao longo dos últimos anos, esse desempenho vem caindo em função, exclusivamente, do desempenho dos alunos das escolas públicas. Uma pesquisa feita pela ONG Todos pela Educação, em maio 2012, revelou a deficiência da qualidade no ensino público nas capitais brasileiras. Das 27 cidades pesquisadas, incluindo o Distrito Federal, somente cinco instituições obtiveram as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC).

Nos últimos anos, houve significativas diferenças nos resultados das avaliações em favor dos estudantes brasileiros de escolas privadas – quando comparados aos de escolas públicas (baseados no Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb). Os resultados mostram que há grandes diferenças de eficiência entre os colégios privados e públicos. Os colégios privados obtiveram eficiência máxima e os colégios públicos obtiveram eficiência de 0,901. Hoje, no Brasil, 61% dos alunos do 5º ano não conseguem interpretar textos simples. 60% dos alunos do 9º ano não interpretam textos dissertativos. 65% dos alunos do 5º ano não dominam o cálculo, 60% dos alunos do 9º ano não sabem realizar cálculos de porcentagem. A região nordeste concentra os números mais baixos do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos anos finais do ensino fundamental. A média na região é de 3,5 pontos. O Ideb do Pará cresceu de 3,4 para 3,7, mais ficou abaixo da meta de 3,8 pontos. Em cidades mais desenvolvidas, como Rio de janeiro e São Paulo, o nível intelectual dos alunos na disciplina de Português chegou a cair. O resultado é um só para toda a rede pública.

Os alunos avaliados nessa pesquisa são da 4ª e 8ª série do ensino fundamental. No segundo grupo, os da 8ª série, os resultados são frustrantes, mostrando que somente um quinto desses alunos aprendeu o que foi ensinado, mesmo tendo notas suficientes para passar de ano. Muitos alunos que estão alfabetizados não conseguem expor o que pensam em uma folha de papel, ou até mesmo assinar o próprio nome. 

Para o professor Mariano Farias, da rede pública, o modelo de estudo brasileiro só mostra o quanto a educação precisa de melhorias, pois as estatísticas que são mostradas estão fora da realidade de uma educação padronizada. “A educação precisa ser levada a sério por representantes que queiram ver altos índices de aprendizagem, dando infraestrutura aos professores, adequação aos alunos e melhorias na capacitação de novos professores”, disse.

O diretor de uma grande escola privada em Icoaraci, Antônio Flávio, oferece aos alunos uma educação de qualidade, em excelente espaço físico, dotado de salas climatizadas e confortáveis, trabalhando com avançada metodologia de ensino, utilizando recursos tecnológicos ao processo de ensino-aprendizagem, tornando as aulas mais dinâmicas e interessantes. Nos cinco últimos anos, o colégio foi considerado padrão em Icoaraci, em pesquisa realizada pelo jornal "O Estado". “O Brasil atingirá um potencial em educação quando todos se empenharem por estabelecer metas e mostrar mais competitividade para o acesso às universidades, exigindo comprometimento dos pais, empresários, autoridades e professores. Todos têm de se empenhar para cobrar do governo mudanças no método de ensino público do nosso país”, finalizou.

Voto limpo - O futuro do país em suas mãos

Por Maílson Carlos
Da editoria Du’Forno

A história do voto no Brasil começou 32 anos após Pedro Álvares Cabral ter desembarcado no País. Em 1822, foi proclamada a Independência do Brasil, dando início ao Período Imperial, que deixou de ser colônia de Portugal. Quase 500 anos se passaram desde a sua formatação de Estado, mas até hoje a estrutura de poder brasileira não mudou muito na sua concepção. No Brasil, o voto direto foi uma bandeira importante na luta contra a ditadura militar instituída pelo golpe de 1964.

Nos primeiros quatro dias de funcionamento, o Disque Denúncia Eleitoral recebeu nada menos que 160 ligações com denúncias vindas de todo o Pará. De acordo com Alessandra Miranda, da Cáritas Brasileira (Brasília – DF) e assessora nacional da Pastoral da Juventude, o Brasil carrega em si a marca da corrupção, que não começou agora; já é uma antiga pratica. “Temos a naturalização da corrupção e da violação dos direitos. É natural escutarmos: ‘o fulano de tal rouba, mas faz’. Ou seja, os sujeitos do cenário político são vistos como figuras de poder; cria-se no imaginário que a política é ruim e quem, dentro deste contexto ruim, faz alguma coisa boa, mesmo que pequena, se torna um ótimo governante”, afirma Miranda.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) define como crime eleitoral todas as ações proibidas - descritas em lei - praticadas tanto por eleitores quanto por candidatos e que atingem as eleições em qualquer das suas fases, desde o alistamento eleitoral até a diplomação dos candidatos. Os infratores estarão sujeitos às penalidades de detenção, reclusão e/ou pagamento de multas previstas no Código Eleitoral e em outras leis. “A lógica da corrupção não me assusta só em relação ao que os políticos fazem, mas com o que faz com as ideias e opiniões das pessoas que, no estado democrático, justificam os crimes, sejam eleitorais ou da gestão depois de eleitos”, enfatizou Alessandra.

Para Lula Ramires, doutorando em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenador da ong LGBT Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor (Corsa), “os crimes eleitorais prejudicam o exercício da democracia, pois impedem que se conheça a vontade do eleitor, deturpando-a”, garante Ramires, que considera o pior de todos os crimes aquele que utiliza a influência econômica, principalmente quando atinge os meios de comunicação.

Os crimes eleitorais atingem a efetivação dos direitos sociais, tendo em vista que os recursos públicos que são desviados para compra de votos ou propagandas irregulares refletem na não realização de programas e projetos que promovam a vida e a cidadania da população. 

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Voto_direto e http://gastao30.wordpress.com/2008/09/22/tse-explica-sobre-crimes-eleitorais/

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O pobre que dá tesouros: sociólogo doa livros a pessoas de comunidades carentes



Por Marco Aurélio Gomes
Da editoria Educação e Cultura

Pedro Oseás, sociólogo, após recuperar-se de uma quase cegueira, causada por uma catarata, percebeu que seu maior medo era não poder mais ler. Do medo, surgiu a ideia do Projeto – Leia: Faz bem pra cabeça, que consiste em distribuir livros a moradores de comunidades carentes próximas de sua residência. Ele mesmo recolhe os instrumentos de trabalho e os distribui sozinho.

O sociólogo revelou que não recebe ajuda de nenhuma instituição e que o projeto lhe trouxe outras doenças. Recebe doações, em grande parte, de universitários. Já teve em mãos clássicos da literatura, como “O príncipe”, de Nicolau Maquiavel, “A arte da guerra”, de Sun Tzu, “O processo”, de Franz Kafka, além de exemplares de autores como Dalcídio Jurandir, Martha de Medeiros e Max Martins.

Apesar das dificuldades, Pedro não deseja parar e revela que o objetivo maior do projeto é levar conhecimento às pessoas e diminuir as distâncias entre livros e comunidades carentes.

Com um trabalho baseado na Filosofia da Formiga – o “nunca desistir”, de Jim Rohn -, ele pretende libertar as pessoas da grande prisão que é a ignorância.

Serviço - Doe livros para o Projeto – Leia: Faz bem pra cabeça. Conjunto Tapajós, rua Cocais, nº19 - Belém (PA). Informações: (91) 3278 7772 / 8707 4077.