domingo, 25 de novembro de 2012

Vício de usar o celular virou nomofobia: o medo de ficar sem comunicação


Por Andreia Mouzinho
Da editoria Avanços Tecnológicos

Uma patologia tão comum nos dias de hoje, devido ao avanço das tecnologias, é a nomofobia - medo que a pessoa tem de ficar sem comunicação, presente na vida de muitas pessoas, a maioria jovem.

O estudante Alisson Tulyo, 19 anos, que considera ser nomofóbico, reconhece que é viciado em celular e que a relação com sua família está muito distante em função desse apego. “Não há muita comunicação com minha família, visto que não largo o celular pra nada. Minha mãe reclama muito do meu apego ao aparelho, pois sei que ela quer minha atenção”, relatou. Outro exemplo semelhante é o da técnica em rádio e tv, Daiana Quézia, 21 anos, que utiliza o celular até na hora do almoço. “Enquanto como, converso com meus amigos. Fico tão concentrada no celular que, às vezes, nem observo quem está por perto”, confessou.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em entrevista para o jornal Diário do Pará, os aparelhos já ultrapassaram a quantidade da população brasileira, já que muitas pessoas possuem mais de um celular. Na opinião de Alex Monteiro, produtor de televisão, 20 anos, ter mais de um celular é necessidade. “Queremos falar com pessoas de outras operadoras e acabamos, no fim, comprando um chip para poder se comunicar. Nisso, acabamos comprando outro aparelho para ter os chips em funcionamento”.

Mas, para a psicóloga Josiane Amaral, é preciso ter equilíbrio para que, mais tarde, isso não se torne um comportamento monofóbico, considerado, por ela, quando a pessoa para de realizar suas atividades diárias ou tem dificuldade para executá-las, em função do hábito. Ela afirma ainda que é preciso ter supervisão e controle dos pais para com os filhos. “Prestar atenção no que estão fazendo no celular, para que o vício não vire uma patologia e, futuramente, precise da ajuda de uma psicóloga”.

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